Quilometragem adulterada: como identificar em um seminovo

Confira essas dicas

Confira o manual do proprietário

Se o dono anterior tiver sido o mínimo cuidadoso, é provável que o manual ainda exista. Ele é importante para verificar as revisões realizadas no automóvel. Se for feita na concessionária, é batido um carimbo no manual constando a data da revisão e a quilometragem no momento. Se tiver sido realizada em oficina, exija as notas fiscais do procedimento.

Histórico das trocas de óleo

Em alguns casos, no momento da troca é colado um adesivo em algum lugar no interior do carro informando a quilometragem. Alguns mal-intencionados fazem alteração na quilometragem e se esquecem desse detalhe comprometedor.

No porta-luvas é possível encontrar notas fiscais da troca de outros itens. Alguns itens, como correias, bateria, mangueiras, amortecedores não costumam ser substituídos em veículos seminovos. Fique atento!

Avalie o desgaste do carro para detectar uma quilometragem adulterada

Como é um bem que fica exposto às intempéries e às condições do próprio uso, o automóvel sofre com o desgaste dos componentes ao longo do tempo. Nesse aspecto, algumas partes do veículo tendem a demonstrar os efeitos da utilização prolongada.

De olho no interior

Soleiras das portas, marcas de desgaste nos pedais, nas maçanetas e na alavanca do câmbio e densidade da espuma do assento do motorista podem dar indícios do real tempo de uso do veículo. Por isso, antes de confirmar a compra, é importante analisar com cuidado esses detalhes.

É de se esperar que um carro abaixo dos 50.000 km rodados esteja com esses itens em excelente estado de conservação.

Em geral, todas as partes do carro que sofreram com o atrito, sejam entre si, com os passageiros ou alguma carga, transparecem o desgaste. Nesse caso, o estado de conservação dos bancos e dos carpetes pode indicar, por exemplo, se o carro é seminovo ou usado. A propósito, você sabe a diferença entre essas duas fases de um veículo?

Via de regra, o automóvel seminovo é aquele que possui somente um proprietário, tem até três anos de uso e cerca de 20 mil quilômetros rodados. Ao superar esses limites, diz-se que o automóvel é usado.

Fique atento aos detalhes exteriores

Riscos na lataria, arranhões nos para-choques e nos espelhos retrovisores laterais, pontos com ferrugem (principalmente sob o assoalho), manchas causadas pelo sol, também são excelentes indicativos do quanto o carro sofreu com o uso e com o tempo.

Debaixo do capô

Ainda ao analisar o veículo, busque ver como está a situação visual do motor. Se externamente o automóvel demonstra sinais de uso, mas o propulsor estiver bem limpo, é sinal de que ele foi lavado, talvez para tentar esconder possíveis defeitos ou vazamentos.

Por isso, alguns compradores até preferem encontrar um pouco de sujeira sob o capô, para se assegurar de que não houve modificação no motor. Por sinal, se houver parafusos novos em peças desgastadas ou marcas de aperto, é indício de que o propulsor pode ter recebido algum reparo.

Além de “cantar”, o pneu tem muito a dizer

Fique atento à situação deles. O conjunto de pneus dura entre 40.000 e 60.000 km. Ou seja, se o carro que você está de olho possui menos que isso, é de se esperar que ele esteja com os pneus originais. Como descobrir?

É possível descobrir se o pneu é o mesmo que saiu da fábrica ao conferir a data. Na parte externa, há a sigla DOT (Departamento de Transporte) e, após ela, você encontrará 4 números. Os dois primeiros indicam em qual semana do ano o pneu foi produzido e os dois últimos informam qual foi o ano. O ano de fabricação do carro deve coincidir com o do pneu.

Tenha referências e questione o vendedor

Uma pessoa leiga com relação ao mercado automotivo pode realmente sentir dificuldade para identificar se um carro tem ou não quilometragem adulterada.

Ainda assim, para não cair em armadilhas, é recomendável que você veja atentamente os veículos de amigos e parentes, que tenham tempo de uso e quilômetros rodados distintos, para ter referenciais comparativos na hora de analisar o automóvel que pretende adquirir.

Ao entrar em contato com o vendedor, questione-o sobre o uso do carro, se particular ou empresarial, se para viagens longas ou para uso urbano e qualquer outra pergunta que você julgar pertinente. Note que, em média, um carro utilizado na cidade roda aproximadamente 15 mil quilômetros por ano.

Com os dados do hodômetro (medidor de distâncias percorridas), do ano de fabricação do automóvel e com esse fator comparativo, você terá uma noção de quanto o veículo deveria ter rodado.

Mesmo assim, é importante checar com o vendedor quem utilizou o carro e como foi utilizado. Afinal, se o bem pertencia a uma pessoa idosa, que pouco saía de casa, por exemplo, é provável que tenha uma quilometragem reduzida.

 

Fonte: blog.racon.com.br

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