Cuidados com carro que vão evitar prejuízo no curto prazo

Confira essas dicas!

1- Carros também acordam do sono profundo

Depois de horas que o carro está desligado, todos os fluidos estão frios e nas partes mais baixas dos conjuntos mecânicos, devido à gravidade. Por isso, mesmo que as bombas de água e óleo comecem a funcionar desde a partida, os fluidos do motor e da transmissão ainda não tiveram o seu tempo para cobrir todas as peças, e assim, garantir um funcionamento adequado, sem grandes esforços.

Desse modo, ligue o carro antes mesmo de botar o cinto, acertar o rádio, arrumar os seus pertences antes de sair e de fazer outras coisas relacionadas. Esse tempinho que o motor está ligado é mais do que o suficiente para os fluidos circularem e você começar a rodar – mas só para começar a rodar.

Isso porque, ao sair com o carro, ele ainda estará em seu processo de aquecimento, longe da temperatura ideal de funcionamento. Logo, não imponha o ritmo normal de uso antes de atingir uma temperatura entre 80 e 90°C. Isso poupará o motor e o câmbio de terem que suportar maiores atritos em seus movimentos, que por sua vez prolongará o desgaste das peças relacionadas.

2- Se animais pedem delicadeza, os carros também

Como você trata alguém que ama? Pense nisso antes de sair com seu carro da sua vaga. Não há qualquer outro proprietário mais cuidadoso com sua máquina do que Irv Gordon, que já rodou com seu Volvo, de 1966, mais de 4,8 milhões de quilômetros, marca que atingiu em 2013. Entre os itens sobre como conseguiu a façanha (suficiente para ir e voltar da Lua seis vezes), além do fato de que o projeto do carro é bastante robusto e que todos os tempos de manutenção são seguidos com seriedade, o americano aposentado salienta que a chave é guiar o carro o mais suavemente possível.

Acelerações bruscas forçam os coxins de câmbio e motor, antecipa o desgaste das engrenagens do câmbio, pneus, correias do alternador e comando(s) de válvulas (devido ao esticamento delas, resultado do aumento repentino do torque), além de gerar tensão sobre a carroceria, o que aumenta o estresse sobre o sistema de suspensão.

Além disso, a possibilidade de você precisar desacelerar o carro mais vigorosamente em seguida se torna mais provável. Ao fazer isso, o desgaste nas pastilhas e discos de freio (ou sapatas dos tambores) é maior, bem como, novamente, o estresse nos pneus e sistema de suspensão, que antecipará a vida útil das bieletas, bandejas, homocinéticas, amortecedores entre outros itens.

Isso sem falar de trocas de marcha agressivas (que força o trambulador e até compromete a saúde do sincronizador e outras engrenagens relacionadas ao câmbio), puxadas raivosas do freio de mão (que esticam desnecessariamente o cabo de acionamento e, assim, antecipa as folgas no sistema) e curvas violentas, que torcem o carro lateralmente e resulta em efeitos similares às acelerações e freadas bruscas, mais as folgas na caixa de direção.

3- Embreagem é sensível como ovos

Descansar o pé na embreagem é uma das piores atitudes que alguém pode cometer ao conjunto

Para quem não sabe, existe um espaço à esquerda do pedal de embreagem para colocar o pé. Por isso, não se deve encostar nele se não for para trocar de marcha ou partir do zero.

Quando se descansa o pé no pedal, por menor que seja a pressão exercida, ela já é o suficiente para gerar desgastes prematuros nas pastilhas de embreagem e rolamento, o que pode até levar a um superaquecimento no sistema. E é aí que mora o perigo, uma vez que os materiais têm a possibilidade de perder suas propriedades físicas e isso levar a uma perda acelerada de eficiência e durabilidade.

Além disso, com as mesmas consequências, o que acontece em muitos casos é o motorista, em subidas íngremes, segurar o carro pela embreagem e intercalar com o acelerador para não ele descer. Um pouco disso na hora da saída é normal, até porque ninguém quer morrer o carro e nem sair fritando pneu, mas o problema é quando esse processo leva muito tempo.

Em situações assim, o recomendado é se firmar no freio de mão e só depois executar o procedimento correto de saída em ladeira, que até pode queimar um pouco de embreagem, mas nada longe do projetado para a peça.

4- Se nós precisamos dormir direito, os carros também

Deixar o carro bem estacionado e protegido também faz parte dos cuidados que evitam prejuízos

Para ser bem direto ao ponto: não apóie os pneus em guias, não pare em ladeiras íngremes com os pneus virados e não use só o freio de mão nelas. Ou seja: saiba como estacionar o seu carro, do mesmo modo que todos os procedimentos ideais antes antes de ir dormir.

Enquanto que o último item força o cabo do freio de mão, o que leva a folgas no sistema e uma sucessiva perda de eficiência dele, o restante compromete, respectivamente, a boa forma dos pneus (que poderão formar as bolhas – que arrebenta o pneu em caso de estouro – ou achatar em certas áreas, o que leva ao desbalanceamento deles e, assim, o sistema de suspensão trabalha forçado) e sobrecarga das juntas de homocinética e pontas de eixo, a longo prazo.

 

Fonte:  carros.ig.com.br

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