Escapamento do carro pede cuidados simples

Chamado popularmente de escapamento, o sistema de exaustão do veículo serve para filtrar as emissões de gases e reduzir o ruído do motor. Se algum componente do conjunto estiver danificado, além de haver aumento do consumo de combustível, pode render multa (grave) no valor de R$ 190,23 e cinco pontos no prontuário do motorista.

Em geral, as peças não podem ser reparadas. Dependendo do tipo de veículo e do que for preciso substituir, os preços vão de R$ 180 a R$ 1.500.

O sistema é formado por quatro partes interligadas. O tubo dianteiro (a maioria dos carros tem motor na frente) capta os gases gerados pela queima do combustível e os leva ao catalisador, onde a toxicidade é reduzida em até 95%.

A seguir, os resíduos passam pelos silenciosos intermediário e traseiro, que diminuem o nível de ruído do motor e ajudam a filtrar os poluentes. Por fim, são expelidos no ar.

Com o tempo, é natural que essas peças se deteriorem e tenham de ser trocadas. A principal causa é a oxidação provocada pela água liberada no processo de combustão.

“O uso de combustível de má qualidade acentua a corrosão, por conter maior quantidade de água misturada”, diz o responsável por escapamentos em uma oficina, na zona sul da cidade, Reginaldo Nogueira. “Às vezes, a chapa do escapamento ainda está boa, mas o miolo ficou podre.”

A durabilidade média de um sistema original, em que as peças são de aço inoxidável, varia de cinco a dez anos. “Na hora da troca, o mais comum é recorrer a peças galvanizadas, que são mais baratas e duram de dois a três anos”, diz Nogueira.

Proprietário de uma loja de escapamentos, Ricardo Arena lembra que peças defeituosas colaboram com o aumento do consumo. “O sistema de alimentação pode receber informações erradas e enviar mais combustível que o necessário”, explica. Além disso, se os gases não forem filtrados, tornam-se prejudiciais à saúde.

Preços. Nas oficinas da cidade, dá para trocar apenas a peça defeituosa. O catalisador é a mais cara, mas responde por cerca de apenas 10% dos problemas e dura até 100 mil km. Já os silenciosos intermediário e traseiro, mais sujeitos a desgaste, são trocados em, respectivamente, 30% e 60% dos casos de problemas.

Arena diz que a manutenção preventiva evita despesas desnecessárias. “O ideal é fazer uma revisão a cada seis meses”, aconselha. Se o silencioso estiver trincado, por exemplo, conforme o caso é possível soldá-lo.

Outra dica para prolongar a durabilidade das peças é evitar deixar o carro muito tempo sem uso. Para funcionar corretamente, o sistema deve atingir a temperatura ideal e não acumular muita água, o que reduz a ocorrência de oxidação.

Fonte: https://jornaldocarro.estadao.com.br/

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